Johann Wolfgang von Goethe foi um dos mais brilhantes escritores alemães da história. Sua grande obra foi Fausto, escrita entre 1797 e 1831. Seu poema é baseado na lenda alemã protagonizada pelo médico, mago, astrólogo, alquimista e cientista Dr. Johannes Georg Faust, que, segundo contam, viveu ali pelo final do séc. XV, início do séc. XVI.
A lendária figura do Dr. Fausto também faz parte de inúmeras obras literárias, entre elas A Vida de Fausto, de Maler Müller (1778), Vida, Feitos e Danação de Fausto, de F.M.Klinger (1791) e a peça Dr. Faust, de Christopher Marlowe (1589),
A famosa obra de Goethe, por sua vez, retrata um homem desiludido e cansado da mediocridade de seu tempo, numa eterna busca pelo absoluto. Em meio ao seu descontentamento, Fausto resolve fazer um pacto com o demônio Mefistófeles, que antes de tentá-lo, já havia feito, no céu, uma aposta com Deus, que concedeu-lhe carta-branca para corromper o insatisfeito Fausto.
No pacto, feito por um contrato assinado com seu próprio sangue, Fausto negocia viver vinte e quatro anos da sua vida, o que lhe daria a oportunidade de superar os conhecimentos de seu tempo, em troca de, claro, sua alma (clichê, né? O diabo sempre quer a mesma coisa, o que será que ele faz com tanta alma, vende na farmácia?).
Pois bem, milhares de descobertas, aventuras e emoções são brilhantemente descritas nesta obra, que passando pelo céu, pela terra e pela história européia, termina com o encontro de Fausto com o amor e sua luta para enganar o danado do diabo.
É aqui que a bebedeira teve início |
"Taberna do Retiro d’Auerbach, em Leipsick. Porta, ao fundo, para a rua, entre duas janelas de peitos. Ao meio da casa, mesa grande, com pratos, talheres, garrafas e copos de estanho e vidro, tudo em confusão, e sem toalha. À roda da mesa, bancos. À esquerda o balcão, e mais uma armação de taberna. Por trás do balcão, uma cesta de ferramenta. Pendente do tecto, um grande lampião aceso"
Mefisto, Goethe e eu |
Reza a lenda que o verdadeiro Dr. Fausto teria, dentro do Auerbachs Keller, rodado um enorme barril de vinho direcionando-o para a rua, feito que somente poderia ter sido realizado com a ajuda do diabo. Por conta desse fato, Goethe teria incluído em seu poema a homérica bebedeira no Auerbachs Keller.
Não sei se ele rodou o barril, mas posso garantir que o barril era grande mesmo e que o vinho de lá é mesmo espetacular, e olha que eu nem sou uma grande degustadora de vinhos...
Mas para aqueles que não gostam tanto de vinho, tem também a autêntica cerveja alemã, que segundo testemunhos legítimos, é uma delícia...
Mas mesmo com essa maravilhosa fama, decidi ficar só no vinho mesmo, pois sabem como é, né??? Misturar só dá ressaca...
Mas mesmo com essa maravilhosa fama, decidi ficar só no vinho mesmo, pois sabem como é, né??? Misturar só dá ressaca...
Um comentário:
Será que não serviam cabernezinho suave, nesse Keller?!?
Gostei muito da postagem, Pati von Goethe!
Luiz von Platiek
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