quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Compra um bode!!!

Ontem foi o aniversário de uma super amiga minha. Nós nos conhecemos há 23 anos, uma vida! Pois é, para comemorar essa data especial fomos jantar numa pizzeria com os respectivos maridos. Aí, na hora de voltar pra casa escutei uma história que achei muito engraçada.

Não sei se conseguirei reproduzir a história de modo a conservá-la engraçada, mas vou tentar. Segundo o contador dessa história, ela é russa, não sei, mas enfim, que fique registrado.

Olha o bode!!!

Lá num lugar esquecido da Sibéria, morava um homem e toda sua família, mulher, filhos, tios e companhia limitada. Mas como lá era muito frio, todo mundo era obrigado a ficar entocado dentro de casa, era mulher gritando, moleque brigando, menina chorando, tio reclamando, cachorro roncando, gato correndo, galinha botando ovo no sofá, um verdadeiro inferno.

O pior de toda a história era a galinha, que morria de ciúmes dos seus ovos e não deixava ninguém sentar na porcaria do sofá. O homem já tava ficando doidinho, pronto pra arrancar os poucos cabelos que ainda lhe sobravam na cabeça.

Um dia, ao conversar com seu melhor amigo e contar todo o calvário que era sua vida, o homem disse o seguinte: "Eu não aguento mais, minha vida é um inferno, eu não aguento mais, minha casa é um caos e ainda tem aquela galinha desgraçada que não me deixa nem sentar no meu sofá. Amigo, não sei se fujo ou se mato todo mundo, estou desesperado, me diz o que eu faço???"

O melhor amigo, com toda calma que lhe era peculiar, respondeu: "Compra um bode!"

O homem não entendeu: "Como assim comprar um bode? Minha vida já é um inferno, não tenho sossego, a casa já tá super lotada, as crianças não param, minha mulher só grita, meus tios só reclamam, o cão e o gato só brigam, a galinha então, tá acabando com a minha vida! Não pode ser, tem certeza? Comprar um bode?"

O amigo então, calmo como sempre responde: "Sim, compra um bode!"

O homem mesmo sem entender muito bem, resolveu seguir o conselho do respeitado amigo e comprou o bode.

Achando que seus problemas estavam resolvidos, e por causa do frio da Sibéria, o homem botou o bode dentro de casa, mas aí, já no primeiro minuto o homem percebeu que comprar o bode não tinha sido uma boa ideia, pois o bode nem entrou e já começou a cagar pela casa, dar chifrada em todo mundo, comeu o sofá, comeu as roupas de toda a família, quebrou a louça, invocava com o cão, mordia o gato, brigava com a galinha, um verdadeiro inferno.

O homem, no pico do desespero, correu pro amigo e falou que a vida dele de ruim, agora estava muitíssimo pior, que aquele bode era a verdadeira encarnação do capeta, que tinha destruído a casa dele, machucado as crianças, cagado em todos os cômodos da casa, que ele fedia, que ele machucou o cachorro, quebrou a pata do gato, queria acabar com a galinha, que a essa altura estava estressadíssima, que a mulher dele gritava ainda mais com ele por causa do bode, que os tios estavam presos no banheiro por causa do bicho, que não sobrou um copo inteiro em toda a casa, um verdadeiro filme de terror, ao qual o homem perguntou: "Meu amigo, e agora o que eu faço???"

O amigo calmérrimo respondeu: "Vende o bode!"

"Como assim vender o bode?", perguntou o aflito homem, "Mas foi você mesmo que me aconselhou a comprar o maldito do bode e agora me fala pra vender o bode, não estou entendendo?"

Então o amigo respondeu: "Vende o bode!"

O homem já furioso, pegou o bode pelo colarinho (se é que o bode tem colarinho), e tratou de vendê-lo rapidinho.

Assim que o homem vendeu o bode, sua vida mudou, ele passou a viver no paraíso, o grito das crianças era música para os seus ouvidos, a reclamação da patroa parecia uma declaração de amor, a reclamação dos tios não mais o incomodava, a briga do cão e do gato era engraçada, até a galinha barulhenta e encrenqueira que voltou a fazer seu ninho no sofá, de odiada passou a ser amada, o homem amava a sua galinha.

O homem depois de vender o bode reconheceu que o amigo tinha resolvido todos os seus problemas e que agora sua casa lotada era a verdadeira imagem do paraíso... e ele nunca mais pensou em comprar bode nenhum... e caso encerrado!

Pois então meus amigos, aqui fica a moral da história: se a coisa estiver ruim, pense no bode e saiba que se a coisa tá ruim ela pode ficar muuuuuiiiiiito pior... e como pode!!!!

Vocês querem comprar um bode???


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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

E essa tal de Metafísica...

(Debaixo da chuva torrencial de São Paulo)

Metafísica é um ramo da Filosofia que estuda a essência do mundo, que busca os princípios e as causas fundamentais de tudo, tratando de questões que, em geral, não podem ser confirmadas pela experiência direta. Podemos até dizer que a Metafísica é o estudo da realidade. As perguntas que ela tenta responder são: o que é real?; o que é natural?; o que é sobrenatural?; o que é verdade? e afins. Willian James (psicólogo e filósofo norte-americano, 1842/1910), definiu a Metafísica como "apenas um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza". Mas aí, o que é pensar com clareza? Alguém sabe?

Pois é, difícil definir isso, mas segundo dizem os entendidos no assunto, a Metafísica não se interessa pelos "comos" da vida (como se faz isso, como se faz aquilo), e sim pelos "porquês" existenciais, pelas questões que podem facilmente jamais ser formuladas durante uma vida inteira. É diante desse conceito que os metafísicos entendem ser provavelmente válido afirmar que o fruto do pensamento metafísico não é o conhecimento, mas o entendimento.

Até aí tudo bem, mas qual é a origem da palavra "Metafísica"? Para descobrirmos sua origem, teremos que voltar há anos e anos antes de Cristo, alí entre 384 a.C. e 322 a.C, na época em que aquele rapaz, o Aristóteles, era vivo. Pois é, conta a lenda que a origem da palavra "Metafísica" é atribuída a Aristóteles e Andrônico de Rodes.

Veja só que interessante, na verdade Aristóteles nunca utilizou essa palavra, nunquinha, mas escreveu temas relacionados a physis (física)¹, e sobre temas relacionados à ética e à política, entre outros. Aí, Andrônico, como bom homem metódico que era, ao organizar os escritos de Aristóteles, o fez de maneira a distinguir os dois temas, fazendo com que os relacionados com physis viessem antes dos outros. Assim, esses outros assuntos vinham além da física (meta = depois, physis = física), atribuindo a Metafísica a algo intocável, que só existe no mundo das ideias, ou seja, tudo que transcende a física.
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¹ Segundo os filósofos pré-socráticos, é a matéria que é fundamento eterno de todas as coisas e confere unidade e permanência ao Universo, o qual, na sua aparência é múltiplo, mutável e transitório.

Pois bem, agora evoluindo ainda mais na história, vê-se que a Metafísica nunca foi uma ciência tranquila, isso porque Aristóteles examinou a natureza do ser em geral e não de suas formas particulares, postulando a ideia de deus como substância fundamental. Já Platão entendia que a Filosofia era a única ciência capaz de atingir o verdadeiro conhecimento, e que por meio da dialética o filósofo aproximava-se das ideias puras, como a verdade, a beleza, o bem e a justiça.

Então na Idade Média, a Metafísica confundiu-se com a teologia, e é nesse contexto que Tomás de Aquino afirmou que a Metafísica estudava a causa primeira, e, como a causa primeira era deus, deus era o objeto da Metafísica (silogismo puro e simples, que pode, ou não, partir de premissas verdadeiras).

Depois disso, na Idade Moderna, a experiência passa a ser extremamente valorizada e a Metafísica, com deus como objeto, deixa de ser considerada a base do conhecimento filosófico. A partir de então, David Hume disse que o homem estava completamente submetido aos sentidos, portanto, não poderia criar ideias, não sendo possível formular nenhuma teoria geral da realidade. Para ele, ciência alguma seria capaz de atingir a verdade, sendo seus conhecimentos sempre probabilidades, e apenas isso.

No século XVIII, Immanuel Kant afirmou que o domínio da razão e o rigor científico poderiam recriar a Metafísica como conjunto dos conhecimentos provenientes apenas da razão, sem utilizar dados da experiência. Nesse sentido, a Metafísica de Kant reduzia-se ao estudo das condições e limites do conhecimento, sem vinculação à ideia de deus como substância fundamental.

Já no século XIX, o positivismo de Augusto Comte colocou a Metafísica como uma ciência superada. Segundo ele, a história da humanidade (e, por analogia, o conhecimento humano), passou por três períodos: o teológico, o metafísico e o positivo, ou científico, sendo que este último seria considerado superior aos anteriores.

Aí no século XX, o filósofo Martin Heidegger fez uma revisão da história da Metafísica e sustentou que ela confundia o estudo do ser, o verdadeiro objeto da filosofia, com outros temas, como a ideia, a natureza, deus e a razão, motivo pelo qual tais equívocos deveriam ser superados.

Assim, vemos que a Metafísica em si, como entendida atualmente, nada tem a ver com religião, o que não impede sua influência nos preceitos religiosos. A exemplo disso podemos citar que caso a teoria metafísica do materialismo fosse verdadeira, sendo um fato que o homem não tem alma, então grande parte da religião sucumbiria, demonstrando assim a influência da Metafísica na religião.

Veja que embora a Metafísica seja sim o estudo da essência do mundo, não podemos dizer que ela explique os preceitos religiosos, que, na verdade, não possuem vinculação direta com os conhecimentos metafísicos, tais quais como hoje conhecidos. A religião pode até se utilizar confortavelmente de algumas "verdades" metafísicas, mas a recíproca não é verdadeira.

Assim, explicar que tal coisa é como é porque deus o quis assim, não explica nada, e jamais poderá ser classificado como um exercício metafísico, como alguns pretendem afirmar, sendo, quando muito, uma forma preguiçosa de explicar algo sem bases sólidas.

O que já nos leva a outros assuntos que agora estou com preguiça de escrever... mas enfim, o que eu queria mesmo era desvincular a metafísica da religião, que são coisas completamente distintas, mas que constantemente são confundidas pelos incautos do caminho... que têm todo o direito de discordar disso... que fique bem claro...

E por hoje é só...

PS. Algumas palavras foram grafadas com letras minúsculas de propósito.



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domingo, 24 de janeiro de 2010

Mary and Max: O filme...

Mary and Max é um longa de animação, com massinha em stopmotion, que fala sobre humor, solidão e amizade com maestria e sensibilidade.

Mary Daisy Dinkle é uma australiana de 8 anos que tem uma marca de nascença na testa cor de cocô. Ela é uma criança solitária, filha de uma mãe alcóolatra que quando vai às compras quase sempre esconde mercadorias debaixo das roupas. Numa de suas saídas com sua mãe, Mary tem uma ideia: mandar uma carta para um nome da lista telefônica, para assim, talvez, encontrar um amigo.

É aí que Max Jerry Horovitz entra na história. Ele é um tímido novaiorquino viciado em chocolate de 44 anos que frequenta o vigilantes do peso e sofre ataques de ansiedade, e que, num dia aparentemente normal, recebe a curiosa carta de Mary.

A partir daí, os dois começam uma linda e divertida amizade por correspondência que dura por anos e que encanta a todos que sentam na frente da telinha. Vale a pena dar atenção aos detalhes, tanto do cenário quanto dos personagens.

É isso aí, se alguém estiver na procura de um tempo de diversão e encantamento, Mary and Max é a escolha certa.

Para ver o trailer dessa maravilha, é só ver um dos meus posts anteriores: Mary and Max...

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chove Chuva, chove sem parar...

Em São Paulo não para chover, então como diria Jorge Ben:

Chove chuva, chove sem parar...
Hoje eu vou fazer uma prece
Pra deus nosso senhor
Pra chuva parar de molhar o meu divino amor...
Que é muito lindo
É mais que o infinito
É puro e belo
Inocente como a flor
Por favor chuva ruim
Não molhe mais o meu amor assim...
Por favor chuva ruim
Não molhe mais o meu amor assimmmm...

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A nova onda do Nouvelle Vague...


Recentemente descobri os franceses do Nouvelle Vague... Nossa, foi paixão ao primeiro acorde.

Como já expliquei no post anterior, o Nouvelle Vague é um grupo que inovou o manjado. Esse pessoal juntou os clássicos da cena gótica punk, new wave e rock do final dos anos 70, início dos anos 80, com a nossa já velha conhecida bossa nova. Essa mistura deu um som tão gostoso e agradável que é impossível não virar fã desse povo.

Apesar das músicas serem, na sua maioria, covers, o pessoal do Nouvelle Vague sabe o que faz. As músicas ganharam aquele ar de novidade num estilo bem mais suave do que suas fontes originais. Exemplo categórico disso fica com "Love Will Tear Us Apart" do Joy Division, que de melancólica e depressiva (que eu já amava), virou uma música leve e suave, pra ser ouvida naqueles dias de relax.

A banda se inspirou no movimento que revolucionou o cinema francês da década de 60, o Nouvelle Vague (do qual fez parte o Alphaville de Godard), para nomear o grupo que veio décadas depois pra revolucionar o cenário musical com qualidade e estilo.

As (re)invenções do Nouvelle Vague passam pelo The Clash, Depeche Mode, New Order, The Cure, Blondie, Soft Cell, Echo & Bunnymen, Buzzcocks, Dead Kennedys, The Smiths, Devo, Billy Idol, Sex Pistols, Simple Minds, Talking Heads, Duran Duran e muito mais.

Outro detalhe da banda é que não há só um ou uma vocalista, existem vários deles emprestando a voz ao pessoal do Nouvelle Vague. Só no primeiro disco do grupo foram convidadas 7 cantoras, cinco francesas, uma novaiorquina e uma brasileira, que, só pra informar, arrasaram.

Então pessoal, para aqueles que gostam de boa música Nouvelle Vague é uma ótima pedida. Eu já consegui a minha coleção, e você???



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

The killing moon...

The killing moon by Nouvelle Vague... quem não ouviu precisa saber que vale a pena ouvir... e se deliciar...



Nouvelle Vague é uma banda francesa que fez do nome do grupo um jogo de palavras entre sua própria "francesidade" e o movimento artístico do cinema francês Nouvelle Vague (Nova Onda), dos anos 60. Suas músicas são releituras de músicas punk e new wave dos anos 80, além do estilo, é claro, da bossa nova dos anos 60 num ritmo, digamos, mais picante.

The Killing Moon é um clássico do Echo & The Bunnymen, do álbum Ocean Rain de 1984.


Apreciem sem moderação...

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O pequeno boêmio Toulouse-Lautrec...

Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa nasceu na cidade de Albi, no sul da França, em 24 de novembro de 1864. Seu pai era o Conde Alphonse de Toulouse-Lautrec Monfa, Conde Alf para os íntimos, e sua mãe Adéle Tapié de Céleyran. Nascido em berço de ouro, seus pais esperavam que ele desse continuidade à estirpe aristocrata da família.

Tudo poderia ter corrido como o esperado, não fosse uma doença desconhecida que acometeu o pobre Toulousinho, ocasionando o desenvolvimento insuficiente de alguns tecidos ósseos do garoto. Por causa disso, Toulouse-Lautrec sofreu dois acidentes em sua adolescência, com 12 e 14 anos, fraturando os dois lados do fêmur, lesões que fizeram com que suas pernas parassem de crescer e ele não ultrapassasse 1,52m. Durante o período em que ficou acamado, Toulouse fazia desenhos e pintava aquarelas para passar o tempo, atividade que abriu seus olhos para o mundo artístico.

Mas voltando à aristocracia francesa, parece que o problema mesmo não era o tamanho do Toulouse-Lautrec, e sim o formato de seu corpo: um homem adulto com perninhas de criança. Cansado da nobreza e entendendo haver algo errado com seu corpo, ele foi estudar pintura com um professor mal humorado e depois com um professor boêmio das ladeiras parisienses de Montmartre, descobrindo alí o motivo de sua existência.

Toulouse-Lautrec não quis mais saber do título nobre da família e decidiu se mudar definitivamente para Montmartre, bairro de péssima fama, para viver entre trabalhadores, prostitutas, escritores, filósofos e artistas de caráter pra lá de duvidoso, afinal, a noite todos os gatos são pardos...


Foi ali que Toulouse-Lautrec começou a florescer para a arte, pintando a vida boêmia da elegante Paris do final do século XIX. Ele era frequentador assíduo do famoso Moulin Rouge e outros cabarés, arrepiando os cabelos mais escondidos de seus pais, que o acusaram de chafurdar na degradação.

Sua relação com o Moulin Rouge era tão estreita, que ele até tinha um assento cativo no cabaré, podendo até mesmo expor seus quadros pós-impressionistas lá dentro.


Mas parece que Toulousinho além do gosto pela pintura, também era amarradão num goró, sendo-lhe atribuída, inclusive, a invenção de um coquetel chamado Terremoto (Tremblement de Terre), que é uma mistura de 1/2 parte de absinto e 1/2 parte de conhaque, servido em um copo de vinho sobre cubos de gelo ou batido com gelo em uma coqueteleira.

Testemunha da vida noturna de Montmartre, Toulouse-Lautrec além de pintar seus quadros, também dedicou-se à litografia, fazendo cartazes promocionais dos cabarés e teatros da região. Seu estilo era tão inovador para a época, que acabou revolucionando o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que posteriormente seria chamado de Art Nouveau.

Porém, de tanto se esbaldar na vida boêmia da cidade luz, Toulouse-Lautrec virou um alcóolatra descontrolado, fato que lhe rendeu uma internação numa clínica psiquiátrica em 1899. Mas como bom boêmio que era, Toulousinho, ao sair da clínica, dá um jeito de voltar às ladeiras de Montmartre para beber e se acabar em bordéis parisienses.


Seu descontrole é tanto que sua saúde não aguenta e, em 1901, Toulouse-Lautrec não consegue mais viver sozinho, momento em que triste, se despede de Paris e sofre ataques de paralisia que quase o impedem de pintar.

Depois de dar tanto trabalho aos seus pais aristocratas, Toulouse-Lautrec morre de sífilis e alcoolismo nos braços da mãe, no castelo de Malromé, perto de Bordeaux, na madrugada de 9 de setembro de 1901.

A figura envolvente de Toulouse-Lautrec não se perdeu no tempo, e foi isso que nós, Luiz e eu, descobrimos na nossa visita à cidade natal do Toulousinho, a esplêndida Albi, uma das cidades mais lindas que tive o prazer de conhecer.



Albi é uma cidadela medieval incrustada no sul da França, agraciada por uma natureza exuberante e por uma catedral gigantesca, que impressiona tanto por fora quanto por dentro. 



Taí um lugar que eu gostaria de voltar... a linda cidade de Albi é um tesouro escondido dentro da Europa, que vale a pena ser vista e revista...




Olha só o tamaninho do Luiz comparado ao tamanhão de uma das pilastras externas da gigantesca catedral de Albi... reparando bem na foto aí de cima, a pilastra onde o Luiz está é a segunda da foto, aquela que está meio escondida pela sombra de uma frondosa árvore...





O museu Toulouse-Lautrec fica logo atrás da catedral, contando com um acervo maravilhoso das obras desse talentoso boêmio. Eu sou aquela que está tirando a foto... e o Luiz, meu muso inspirador.. hahahahaha...





PS. A primeira figura é a reprodução da assinatura de Toulouse-Lautrec, sua marca registrada.


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domingo, 17 de janeiro de 2010

Putos a roubar maçãs...

Essa é uma das preciosidades que encontrei num blog perdido no espaço cibernético, de uma portuguesa de 31 anos, dona de uma cachorra chamada Lola que adora praia, e que andou de avião pela primeira vez no ano passado rumo à Barcelona, onde ficou uma semana ao sabor do vento.




O Dead Combo é uma banda portuguesa que mistura influências do Fado, Rock, das trilhas que embalaram os filmes de Velho Oeste e de músicas sulamericanas e africanas. Essa banda, ou dupla para os que preferirem, é formada por dois portugueses que valem por vinte: Tó Trips nas guitarras e Pedro Gonçalves no resto... O resultado foi um som majestoso que impressiona até os mais reticentes... Por isso, vale a pena conferir mais um vídeo dos portugueses do Dead Combo:




sábado, 16 de janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

500 days of Summer...

500 days of Summer é uma leve e divertida comédia romântica que conta os 500 dias de um relacionamento entre um espírito livre que não acredita no amor e um arquiteto-escritor de cartões comemorativos apaixonado.

O título dessa película é um trocadilho muito bacana entre o nome da personagem Summer e o verão, dando a ideia exata da história de amor contada no longa do diretor Marc Webb.

Nesse filme, a partir da visão de Tom (Joseph Gordon-Levitt), são contados em pequenas histórias curtas que aparecem fora da ordem cronológica, seus dezesseis meses de relacionamento com Summer (Zooey Deschanel).

Portanto, para quem ainda não viu e deseja passar um tempinho relaxando na frente da TV, é só escolher 500 days of Summer e aproveitar escutando algumas pérolas musicais dos anos 80 e a linda voz de Regina Spektor.



domingo, 10 de janeiro de 2010

A 1ª Grande Piada de 2010...

Não é de hoje que ressalto minhas reservas em relação ao presidente do STF, o senhor Gilmar Mendes. Volta e meia vejo notícias absurdas envolvendo o nome desse "ilustríssimo" senhor. Para quem não viu, certa vez o Ministro da Suprema Corte, o corajoso Joaquim Barbosa, disse a seguinte frase: "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar"... Ponto pro Ministro Joaquim... Ele tá merecendo uma bala juquinha...

Essa discussão aconteceu um dia antes do ministro Gilmar completar um ano na presidência do Supremo, quando o Ministro Joaquim numa sessão plenária, depois de ser acusado por Gilmar de julgar por classes,  não se conteve e afirmou em alto e bom som: “Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua ministro Gilmar”. Gilmar retrucou: - "Eu estou na rua!". Barbosa prosseguiu: - "Vossa excelência não está na rua não. Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso. Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. O senhor me respeite."

Olha, essa discussão foi um rebuliço só, falaram dela por semanas e semanas, uns aplaudiram, outros vaiaram, outros se conformaram. Eu, pessoalmente, me surpreendi positivamente com a coragem do Ministro Joaquim em peitar, segundo ele próprio, o chefe dos capangas do Mato Grosso.

Mas deixando esse bafafá no passado, hoje, ao navegar tranquilamente pela internet, me deparei com a primeira grande piada do ano:

Ministro Gilmar Mendes diz que pobres e ricos têm o mesmo tratamento no STF. Veja notícia aqui
Puxa, será que eu estou com Alzeimer? Tô variando? Será que eu entendi bem?

Intrigada com o teor de tão insólita notícia, a única atitude sensata que pude ter foi me acabar em gargalhadas... Acho que fazia tempo que eu não gargalhava tão gostoso. Foi a piada mais engraçada que eu escutei até agora, proveniente, é claro, de algum erro de comunicação. Ou o jornalista não entendeu bem as afirmações do senhor Gilmar, ou o senhor Gilmar não soube se expressar de maneira clara e eficaz.

Imagine se o "ilustríssimo" ministro Gilmar Mendes iria perder sua linda noite de sono decidindo um habeas corpus de algum pobretão. Eu duvideodó... Agora do dono de algum banco, não é preciso nem comentar...

Pra não me taxarem de radical, só tenho a dizer que tenho lá minhas dúvidas quanto ao equilíbrio da balança da justiça brasileira, mas enfim, quem sou eu pra duvidar das afirmações categóricas do "magnânimo" presidente da Corte Máxima do Estado Democrático do Direito???


OBS.: Pra quem não notou, algumas letras foram grafadas minúsculas de propósito...

Promessas de amor...

Às vezes escutamos alguém comentar que possui um companheiro muito ciumento. Nesse minuto pensamos em como alguém pode aguentar o ciúme doentio de outra pessoa?

Não sou expert no assunto, mas acho que as pessoas que sofrem desse mal, geralmente, são pessoas imaturas e inseguras que não confiam em si próprias.

A pessoa ciumenta acha que será traída a todo momento. A cada olhar do parceiro, a cada passo da pessoa "amada", a cada estranho que se aproxima, o ciumento enxerga uma provável traição. Nessas relações o parceiro precisa se anular, esquecer dos amigos, dos conhecidos e das pessoas que poderiam ser conhecidas, para conservar a paz de espírito do aflito companheiro.

Esse tipo de relacionamento, na maioria das vezes, está fadado ao fracasso. O parceiro prejudicado até tenta levar o relacionamento pra frente, mas o ciumento impede que a harmonia se instale na vida do casal. Há situações em que percebemos nitidamente que o sentimento que motiva o ciumento não é o amor, e sim a posse exclusiva, a dominação.

As frases preferidas dos ciumentos de plantão são: me dá uma chance; eu juro que não faço nunca mais; eu juro que vou mudar; sem você eu não vivo; e por aí vai. Eles juram por tudo, até pela alma do piriquito, mas quase sempre essas juras não valem pra nada. E para piorar, o ciumento acha que não é ciumento, que suas atitudes são completamente normais, e que o companheiro tem que aguentar seus ataques calado.

A falta do "semancol" é tão nítida, que mesmo depois do alerta das pessoas mais próximas, e mesmo de eventuais conhecidos, o ciumento ainda acha que tudo o que ele faz é perfeitamente normal. Brigar num bar é normal, gritar com o parceiro por causa de um ataque de ciúmes é normal, arrumar confusão com deus e o mundo por causa de ciúmes é normal, afastar seu par do convívio social é normal e todo e qualquer absurdo em nome do seu ciúme doentio é normal.

Nos casos mais graves, o ciumento chega a agredir o parceiro por causa de seus delírios, e mesmo assim não percebe que passou dos limites, acha que a culpa foi do outro que supostamente teria dado motivo pra ele agir assim.  Ele acha que o parceiro é obrigado a mudar seu jeito de ser só porque ele quer. É o cúmulo do egoísmo.

O ciúmes incontrolável fulmina relacionamentos que poderiam dar certo, somente porque um dos parceiros não consegue administrar suas neuras. Nessas horas que eu pergunto, será que existe alguma solução para esse problema???

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Mais um ano se passou...

Estou ficando velho e acabado... A lua e euuuuuuuuuu...

Pois é, assim como aquela canção do Cassiano, mais um ano se passou.

O meu penúltimo Reveillon parece que foi ontem, mas não foi não, já faz um ano. É engraçado como a cada dia parece que o tempo passa mais rápido. Nós nem sentimos a semana passar, mal passou a segunda, já é sexta e nós não fizemos nada de importante...

Quem acredita no céu, inferno, juízo final e apocalipse, diz que estamos chegando no fim dos dias, pois segundo as "escrituras sagradas", quando chegarmos perto do fim, os dias se resumirão.

Pior que o negócio tá resumido mesmo... Será que é a nossa visão "adulta" que faz com que os dias passem mais depressa? Porque quando eu era criança a semana demorava uma eternidade pra passar, era incrível. E hoje, cada dia está mais rápido, mais resumido... Nem acordei, já vou dormir.

Nem pulei o carnaval, já tenho que comprar os presentes de Natal. Credo... Abril já tá chegando, mais uma velinha em cima do meu bolo.

E assim vamos preenchendo nossos dias, um dia mais curto de cada vez. Trabalhando muito aqui, ganhando pouco ali... lendo blogs, falando bobagens, vendo os novos filmes, assistindo as mesmas novelas com atores diferentes, insistindo nos mesmos erros... É sempre a mesma coisa, variações do mesmo tema, sempre, sempre e sempre.

É isso aí... Isso é envelhecer, não ter a mesma pele de antes, acordar sempre amassado e ficar mais de uma hora com a marca do travesseiro no meio da cara. Os áureos dias já se foram, quem aproveitou, aproveitou, quem não aproveitou, já sabe que tá ficando tarde e talvez, tente correr atrás... ou não...

2010 vem aí, depois 2011, 2020, 2030... O mundo não vai acabar tão cedo, ficaremos por aqui mais um bom tempo, cada vez mais castigados pela fúria da natureza maltratada, é verdade, mas ainda aqui... com nossos entes amados, com nossos amigos queridos, rindo e chorando, correndo e descansando, comendo e bebendo, sozinhos e acompanhados, pelados e vestidos, e assim mais um ano ficará pra trás e outro virá logo em seguida...

É isso aí, desejo a todos tudo aquilo que quero para mim, amor, alegria, saúde, trabalho, família, amigos, sorrisos, lágrimas, gargalhadas, beijos, abraços, boas conversas, brigas sem consequências, apertos de mão, sapatos confortáveis, roupas bonitas, cabelos sedosos, pele macia, balança leve, comida boa, telefonemas inesperadamente agradáveis, longas caminhadas, leitura, novos e bons companheiros, velhos e amados amigos, pai e mãe sempre presentes, irmãos, sobrinhos, primos, tios, conhecimento, brigadeiro, internet rápida, bons conselhos, novos cursos, descanso, sagacidade, sexto sentido, movimento, paz...

Feliz 2010 !!!

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