sábado, 26 de dezembro de 2009

Adeus ano velho...

O Natal já passou, os presentes já foram dados, quem tinha que ganhar, já ganhou, quem teve que ficar sem, já ficou. Agora vem a preparação pro Reveillon... Os humoristas de plantão ainda não fizeram planos pra passagem de ano, mas já sabemos que 2010 será passado em solo paulista.

2009 está acabando, 2010 irá começar... vamos ver no que isso vai dar...

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Esperando, esperando, esperando o trem...

Depois de mandar toda tralha pra São Paulo, Luiz, Mami e eu somos praticamente uns sem-tetos. Já dormimos em três lugares diferentes, e até sexta nunca se sabe por mais quantas camas e colchões passaremos. O plano é sair daqui as quatro da matina e pegar a BR-116 até a terra da garoa, mas pensando bem, isso pode não ser uma boa ideia... E se estiver aquele trânsito-monstro do início do fim de semana paulistano? Talvez faremos uma parada/soneca lá em Santa Catarina, vamos ver.

Porém, isso só será possível se o carro ajudar. Levei o carro num mecânico o mês passado que estragou minha carroça mais do que consertou. A última pérola desse mecânico foi que como o carro está acelerado (2000 rpm direto - parece um avião pronto pra decolagem), pode ser que seja culpa do sensor do ar condicionado. Poxa, será que eu sou doidinha ou a aceleração absurda do motor não tem ligação direta com um possível sensor do ar condicionado que nunca é ligado pra poupar a gasola que está pela hora da morte (R$ 2,49) ???

Realmente, por essa eu não esperava. Mas enfim, minha mãe resolveu levar o poisé no mecânico de confiança dela, vamos ver no que isso vai dar. Afinal, a viagem de sexta depende do que esse mecânico resolver.

Enquanto isso, fico aqui contando as horas pra ir pra casa. Luiz também, já não vê a hora de passar pelo menos umas dezoito horas sentadinho no banco do carro, acompanhado da viola, do ukulele, do laptop, dos quase 2 Teras de HD, de sacolas e mais sacolas com tudo o que não foi levado pelo caminhão da mudança, escutando Rom Kaffe do Acquaragia Drom. Pelo menos a música é boa... hehehe... É, a viagem promete.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Partly Cloudy...

Quem ainda não viu o curta da Pixar, Partly Cloudy, tem que conferir. Na verdade, só de saber que é da Pixar já dá pra confiar que é coisa boa na certa...
Esse curta mostra como são feitos os bebês, de como há uma verdadeira linha de montagem lá no céu, e a linda harmonia que existe entre as nuvens e as cegonhas. É lindo. Assim, pra quem não viu:

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Senhor é um fanfarrão!!!

Ontem passou o filme Tropa de Elite na Record. A emissora anunciou aos quatro ventos que o filme iniciaria 22:30hs. Pois bem, no horário anunciado sentamos na frente da TV para rever o ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Aí, percebemos que o quê estava iniciando mesmo era a novela Poder Paralelo. Pronto, descobrimos que tinhamos caído em mais uma das armações da emissora do Bispo. Poxa, 22:30h não são 23:30h. Na realidade, esta foi uma manobra de marketing descarada para aumentar o ibope do folhetim, mas enfim... acabamos sendo obrigados a ver a novelinha também...

Bom, voltando ao assunto do filme, acho Tropa de Elite um ótimo filme. Claro que com algumas ressalvas, mas ainda assim um ótimo filme. Passando por cima das cenas de violência gratuita, o filme retrata muito bem o que acontece com o "sistema".

Ele mostra como é complicado fazer parte da polícia brasileira, que é composta de pais de família que recebem uma merreca para se arriscarem a deixar viúvas e órfãos por aí. Acho que no contexto atual, nem se o salário fosse altíssimo esse problema seria resolvido. Todas as atitudes retratadas na telinha já estão arraigadas no "sistema", e sempre iria ter alguém querendo mais. Para isso mudar é preciso muito, a começar pela educação do povo, mas isso é uma outra história...

Contudo, concordo plenamente que existem policiais que querem fazer a coisa certa, que sonham em resolver os problemas da Sociedade, mas que são tolhidos pelo próprio "sistema" do qual fazem parte. Eu, pessoalmente, conheço uma passoa assim, que é como o 05. Aliás, essa é uma das pessoas que eu mais admiro e torço nessa terra, é alguém de quem eu me orgulho apenas por ser sua amiga. Um policial que honra o uniforme - apesar dele ser da civil.

A história de Tropa de Elite versa sobre temas complicados como oportunidade, favela, tráfico, corrupção, pobreza, drogas, tortura, classe média/alta, violência e sobrevivência. Ela mostra que aquele estudante que fuma uma ervinha de vez em quando também ajuda a fomentar o crime, que a culpa da violência também é dele. Claro que tem quem não concorde com essa visão, que entende que não são estes pequenos usuários que ajudam a criminalidade, mas não há como não perceber que tudo está interligado, que isso é como a cadeia alimentar, o maior também precisa daquele pequenino para sobreviver. É a lei da selva.

Quem leu o livro diz que o filme é muito fiel à história, o que é uma ótima coisa. Além disso, acho que poucos filmes ficaram na mente das pessoas como esse. Quem já não ouviu: "O senhor é um fanfarrão!", "Pede pra sair", "Você é estudante? Sabe voar?", "Não vai subir ninguém!", "Se você quer rir, tem que fazer rir!", "Tu não é caveira! Tu é moleque!", "Na cara não! Pra não estragar o velório!", "Tá com nojinho?", "07, dá a doze aí!', e tantas outras pérolas que viraram uma espécie de dito popular.

O Wagner Moura (Capitão Nascimento), mostra mais uma vez que é um ator de "catiguria". Realmente não dá pra assistir o filme e não perceber que o cara é bom pra burro. O elenco tá recheado de ator bom, que encarnou seu personagen diante das câmeras, ajudando a entender porque o filme ganhou o Urso de Ouro. Enfim, o conjunto da obra consegue convencer e acabar com aquele ar de trabalho realizado, afinal para o BOPE, missão dada é missão cumprida!

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mary & Max...

Essa animação foi uma excelente dica do Pedrin. É um longa super bem feito e emocionante. Quem não viu, tem que ver. É uma linda história de amizade entre duas pessoas que jamais se encontrariam, não fosse o acaso. O Pedrin mandou muito bem na dica:


domingo, 6 de dezembro de 2009

Os filmes mais toscos da história...

Hoje estava lembrando dos filmes mais toscos da história, aqueles que passaram na televisão. Será que teve filme mais tosco que A Bolha Assassina, A Coisa e A Mosca???

A Bolha se alimentava de qualquer coisa viva que passasse na sua frente, um nojo só. A Coisa era uma geleia branca bem gosmenta que matava a galera, e A Mosca era aquele filme que um cientista inventa uma máquina de teletransporte e uma mosca enxerida entra na cabine bem na hora do experimento e o cara virava o homem-mosca.

Nossa, era mesmo muita tosquice. Mas apesar disso, todos nós vimos esses filmes, e até ficamos com medo da bolha ou da coisa. Acho que a infância/adolescência do final do século XX não seria a mesma sem os filmes tranqueira que todos nós assistimos na TV.

Existem muitos outros esperando pra entrar na lista, você se lembra de mais algum???  

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ordem e Progresso...

Hoje, enquanto eu navegava na internet deitada no sofá-cama de casa, pousou um pardal na minha janela. Ele ficou lá um bom tempo, olhando de um lado para o outro, até que olhou para dentro e me viu. Ficou ali me olhando, virando a cabeça e me olhando. O encarei fixamente, com medo que ele se assustasse e deixasse minha janela. Ai como são lindos os passarinhos. Depois de se certificar que eu não lhe faria mal algum, ele se foi e me deixou com um sorriso bobo nos lábios.

A natureza é realmente esplêndida, é tudo lindo e perfeito, até uma minhoca tem seu charme. Claro que não começarei a sorrir para minhocas, mas sem elas, a cadeia alimentar seria seriamente prejudicada. Tudo faz parte de um sistema muito bem organizado, onde cada um tem o seu papel.

A abelha poliniza, o passarinho distribui sementes, a aranha contribui para o controle da taxa de natalidade dos insetos menores e assim por diante. Porém o homem, a praga terrestre, destrói tudo o que vê pela frente. A Amazônia, pulmão do mundo, diminui a olhos vistos, vítima da ganância humana.

A cada dia que passa, as fábricas de automóveis batem recordes de produção produzindo milhares de unidades altamente poluentes, e ainda acham que isso é uma boa coisa. Diariamente, essas mesmas fábricas poluem os rios, matam os peixes, que por sua vez, não servirão mais de alimentos para outros animais dessa tão linda e maravilhosa natureza.

Nós homens estamos destruindo a cadeia alimentar, acabando com o equilíbrio do frágil ecossistema e assinando diariamente a nossa sentença de morte. Nosso lixo não é reciclado, sacolas de mercado acabam com a natureza. Bitucas de cigarro vão parar no estômago de algum animal desavisado. É isso que o homem faz de melhor, polui.

Todos os dias, todos nós contribuímos para a destruição da natureza. Jogamos óleo de cozinha direto na pia, jogamos quilos e quilos de plástico fora, andamos com nossos veículos poluentes pra lá e pra cá, entre milhares de outros detalhes igualmente destruidores. Não somos vítimas, também somos vilões.

Mas então, será que existe algo que possa parar com essa poluição? A resposta é não, jamais conseguiremos parar de poluir, pois nossa vida cotidiana está intimamente atrelada às causas poluidoras do meio-ambiente. É possível retardar seu crescimento, mas nunca acabar com ele. Podemos tentar as fontes reutilizáveis de energia, o biocombustível, os materiais biodegradáveis, mas parar de poluir, nunquinha.

Esse foi o caminho que escolhemos, o caminho que chamamos de progresso. Teria sido mais coerente nomear de destruição, mas enfim, fiquemos com o progresso mesmo. O progresso do homem é a destruição da natureza. Ciclicamente, podemos verificar que o homem mata a si próprio, lentamente, como um compenetrado torturador chinês. Todos os dias o homem se mata mais um pouquinho. Será que podemos chamar isso de suicídio, suicídio em massa?

É o que tudo indica, pois nós, os seres dotados de racionalidade, somos os que se portam com mais "irracionalidade" perante a natureza. Aos animais que denominamos irracionais, meu eterno respeito pela lição de racionalidade e responsabilidade ambiental que teimamos em não aprender.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vestigios do tempo...


Hoje fiquei sabendo que o Lombardi faleceu. Nossa, tomei um susto. O Lombardi, aquela voz de toda minha vida, aquela voz que todo mundo conhece... Fala Lombardi... Haha, hihi...

Isso me fez pensar no tempo, em como ele passa e no momento em que percebemos que estamos mais perto do fim do que do começo.

Acho que só prestamos atenção no tempo quando morrem os nossos heróis, nossos ídolos, os personagens da nosso infância e adolescência, quando morrem nossos entes mais queridos.

É nesse hora que o tempo deixa vestígios, é nessa hora que cada ruga pesa no rosto.

Acho que quando o tempo mostra sua face precisamos parar, pensar e aproveitar o tempo que nos resta, pois o tempo não perdoa, ele passa...

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A volta dos que não foram...

... não foram, pois o coração deixaram lá...

Ai, tô voltando pra minha terra... faltam poucos dias... Como diz minha mais que amiga Yagnez, chega de aventura, agora é hora de, finalmente, voltar pra casa...

Luiz e eu estamos passeando pelo mundo há alguns anos, primeiro foi a Espanha, depois a Alemanha, a França e por útimo, o sul brasileiro. Após muitas andanças, está na hora de guardar a muamba, colocar a viola no saco e voltar...

Voltar para as raízes, para o que conhecemos, para onde crescemos e que, invariavelmente, com todos seus problemas e mazelas, nos faz feliz!

São Paulo, minha terra da garoa, coração do meu Brasil, daqui a pouco estamos aí, pro que der e vier...

O nosso amor pela nossa cidade é tão grande, que Luiz, no seu blog, também já fez suas juras de amor eterno: Sodades di Zan Baolo.



 





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domingo, 29 de novembro de 2009

Julie & Julia


Não perca tempo assistindo Julie & Julia (2009), o novo filme de Nora Ephron. Este é mais um daqueles filmes que não contam nenhuma história que valha a pena ser vista. O filme é baseado em duas histórias reais, chatíssimas:

Uma novaiorquina moradora do Queens (Amy Adams), na casa dos 30, operadora de telemarketing sem futuras perspectivas, resolve escrever um blog baseado em receitas culinárias francesas escritas pela mulher de um funcionário da embaixada americana (Meryl Streep), frustrada por não ter filhos, na Paris das décadas de 50/60.

Meryl Streep atua tão efusivamente que chega a irritar. Amy Adams interpreta uma chata e insegura aspirante de chef. Enfim, um filme que não vale nem a pipoca.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Religião: Variações do mesmo tema...

Dia desses estava conversando com o Du sobre religião e qual o motivo de sua existência. Muito bem, alguém já parou pra perguntar por que existem as religiões?

Claro que esse tema não é pacífico, ainda mais considerando o fato das pessoas religiosas tenderem a colocar essa discussão na lista de tabus sociais. Mas enfim, por quê?

Pensando sobre o assunto, acho que não é muito difícil perceber que a religião, seja ela qual for, é uma invenção humana.

Foram os homem que inventaram os cultos, as entidades, os símbolos, os santos, os gurus, as missas, os monges, os hereges, as freiras, os rituais, os anjos, os padres, os templos, o dízimo, os deuses e os demônios.

Mas aí eu me pergunto porque causa, motivo, razão ou circunstância tudo isso foi inventado pela mente altamente criativa do homo sapiens?

Em primeiro lugar temos que pontuar o fato do homem, como ser social munido de racionalidade e capacidade de significação, necessitar constantemente de respostas para sua eterna busca do sentido de sua existência. Porque nasço, cresço, procrio e morro?

Registrado isso, verificamos que esse mesmo homem, criativo e questionador que é, precisa buscar no mundo externo teorias que lhe sosseguem a inquietação.

Nesse ponto, é preciso esclarecer que nos tempos remotos, a religião foi uma das formas encontradas pelo homo sapiens para manter unido o grupo e garantir a sobrevivência da espécie, fato este que não mais se aplica nos tempos modernos, onde essa missão foi substituída pela política e as fronteiras imaginárias dos países soberanos.  

Então, terminada a finalidade de garantir a sobrevivência da espécie, com a evolução da sociedade, alguns homens, sabendo da necessidade fisiológica do ser humano em encontrar o sentido da vida, resolveram conceder as respostas que todo seu grupo social buscava através da teoria religiosa, que, na verdade, de fato garantidor da preservação da espécie, acabou se transformando, atualmente, numa forma encontrada pelo mais "forte" - no ponto de vista mental -, do grupo para exercer seu poder diante dos outros sem a necessidade do uso da força.

Veja que a religião é uma forma de poder. Ela é uma das muitas formas encontradas pelo criativo homem para exercer seu poder sobre determinado grupo de pessoas sem violência física. Um homem diz a outro que caso ele não obedeça determinadas regras, ele será futuramente castigado por uma força ou ente supremo. Pronto, o primeiro homem exerce seu poder através do medo.

Note que é exatamente assim que agem as religiões: se você não respeitar os dez mandamentos, vai pro inferno; se você não casar virgem, será impura; se você não fizer as oferendas para as entidades, alguma coisa ruim vai te acontecer; se você não rezar diariamente ajoelhado no mesmo horário, o magnânimo te castigará; se você não acreditar no que eu digo, não vai pro paraíso; e assim por diante.

Mas é claro que nem só de castigo vivem as religiões, pois, para que essa forma de poder funcione também são necessárias as recompensas: se você obedecer, os portões do céu abrir-se-ão e as cornetas dos anjos soarão majestosas; se você rezar oitenta terços inteiros, todos os dias durante nove semanas, receberá a graça pretendida; se você pagar o dízimo, terá garantido seu lote no Éden, ou ainda, nas religiões mais "modernas", receberá o triplo do dízimo ainda em vida; se você se matar em nome da religião, e levar alguns infiéis junto, terá à sua disposição, no paraíso, setenta e duas virgens; se você fizer o despacho, seu amor voltará correndo; e mais infindáveis exemplos.

Pois bem, diante da necessidade natural do ser humano em acreditar que sua existência não é em vão, os auto-intitulados "sacerdotes" descobriram como fazer com que essas pessoas, sedentas de motivação, obedecessem tudo aquilo que lhes fosse imposto, sempre no sistema castigo/recompensa.

É assim que as religiões funcionam, não sendo difícil perceber que todas são variações do mesmo tema, ou seja, formas não-violentas (fisicamente) de poder. Eu falo, você obedece, porque se você não obedecer, será castigado.

Contudo, as religiões são tão organizadas que convenceram aqueles que acreditam cegamente nas suas regras, que questioná-las é pecado, que quem colocar em dúvida seus ensinamentos será considerado inimigo, elemento altamente perigoso.

Ou seja, o poder é tanto, e tão previsível, que fez com que seus próprios "servos" atuassem como protetores da religião, excluindo de seu convívio os "elementos corrompidos" que acreditassem em outras coisas, ou ainda, o que é pior, em nada acreditassem.

Se você não acredita no que eu falo, você é louco e meu inimigo. Morte aos inimigos!!! Morte aos hereges!!! Vamos à Inquisição!!! Trancafiem os descrentes!!! Acabem com todos os que não estejam conosco!!!

E agora eu pergunto se você já parou para pensar por que até hoje a maioria das pessoas acha que religião não se discute???


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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonata da Última Cidade...

Estou lendo um romance ambientado em São Paulo chamado Sonata da Última Cidade. Eu nunca tinha ouvido falar do autor antes, Renato Modernell, um gaúcho nascido em Rio Grande/RS que mudou para São Paulo em 1972, e que se apaixonou pela cidade da garoa.

Este livro conta a saga da imigração italiana desde o final do século XIX até um pouco depois da metade do século XX, sempre acompanhada de uma espécie de mapa astrológico de São Paulo, como por exemplo: "Vênus, o planeta dos amores e prazeres passou da Vila Mariana ao Bexiga e formou um fortíssimo trígono com Júpiter, o planeta da expansão, que percorria os Campos Elísios".

Em meio à vida dos imigrantes italianos, o autor vai "desenhando" São Paulo desde seu início, quando tudo ali era uma mata só. Apesar de ser uma leitura muito agradável, o livro pode não ser tão atrativo para os leitores que não possuem nehuma ligação emocional com a cidade da garoa, como o é para aqueles que já cansaram de andar pelo Anhangabaú, Largo da Concórdia, Rua Direita, Rua da Quitanda, Viaduto do Chá, Higienópolis, Ipiranga, Rua do Gasômetro, Santa Efigênia, XV de Novembro, Praça da Sé, Brás, Luz, Barra Funda, Liberdade, Consolação, Praça da República, Largo da Pólvora, Aclimação, Glicério, Lapa, Água Branca, Vila Carrão, Paulista e tantos outros lugares. Para quem conhece a cidade como eu, a leitura da Sonata da Última Cidade é uma viagem no tempo que nos mostra como era a nossa tão amada cidade antes de se tornar o monstro megalomaníaco de hoje.

Ainda não acabei de ler o livro, mas a cada página uma cidade nova (e velha ao mesmo tempo), se descortina na minha frente. Para aqueles que gostam de São Paulo tanto quanto eu, este livro é um prato cheio de sabores, odores e detalhes que nos fará amar ainda mais essa cidade tão cheia de contrastes.



* Essa é a ilustração inicial do livro, uma espécie de mapa astrológico de São Paulo, muito bem bolada.

Eu nasci e cresci ali no Butantã, sob a influência de áries, e você???


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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lula lá...

Meu Pai, petista roxo, me mandou o texto abaixo. Então, em homenagem ao meu Pai, o homem que mais admiro neste mundo, reproduzo aqui o texto que ele me enviou. Quem quiser, comente.




"Comentários de um amigo navegante motivado pela atitude agressiva e deselegante de um dos filhos da Dona Canô:

SURPREENDENTE

FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo, José Serra, entende de economia. ??.

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

Lula, o “analfabeto”, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o “PIG” – Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país liderança mundial de combustíveis renováveis.

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual.

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush – notada até pela imprensa americana – e agora tem a mesma empatia com Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos “States”.

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas.

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.

Pedro R. Lima, professor"
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Calote Nacional...

O credor mais perigoso é também o devedor mais sem-vergonha!!!



Tá rolando na Câmara dos Deputados a votação da Proposta de Emenda Constitucional nº 351/09, a famosa PEC do Calote, do senador Renan Calheiros (PMDB/AL).

Pois bem, nessa proposta estão previstas formas extremamente prejudiciais à população brasileira de pagamento dos já desacreditados precatórios. Se aprovada, será instituído o mecanismo do leilão das dívidas públicas e aniquilada a ordem cronológica para o pagamento dos malfadados precatórios.

Aquele pessoal que possui uma sentença judicial definitiva, que obriga o ente público (federal, estadual ou municipal) a pagar valores atrasados de aposentadorias, salários, devolução de impostos cobrados indevidamente, indenizações e toda e qualquer dívida, provavelmente nunca mais verá a cor desse dinheiro, e se conseguir algo, será com um deságio de até 60% do valor total da dívida. Ou seja, uma vergonha.

Aquele coitado, que espera há mais de 10 anos receber seus direitos, terá que leiloar sua dívida para receber uma merrequinha que poderá ser paga em 15 vezes, se for paga mesmo, porque cada ente estatal poderá reservar para pagamento dos precatórios ínfimos 2% do seu orçamento anual.

Note que enquanto o Fisco coloca o contribuinte até na cadeia pelo não pagamento das contribuições sociais incidentes sobre a folha de salários dos trabalhadores, esse mesmo Fisco não quer pagar o que deve aos cidadãos brasileiros.

Outra coisa que me revolta nessa história, é o fato da população apática não levantar um dedo contra esse absurdo, não se revoltar, não se rebelar... somente abaixar a cabeça e dizer: "Paciência!!!"

Como podemos ser tão passivos e idiotas, permitindo que os governantes pisoteiem nossos direitos bem no meio das nossas fuças. Hoje, eu não tenho nenhum precatório para receber, mas pode ser que um dia eu tenha, mas e aí? Jamais receberei meu dinheiro em vida? Ficará para meus herdeiros se um dia for pago?

É a vergonha nacional, a chacota estatal... O Fisco, o mais voraz, temido e perigoso dos credores, aquele que tira até as suas cuecas, caso seja necessário, é o devedor mais sem-vergonha e cara-de-pau que existe, que ri na nossa cara e diz: "Devo sim, mas só pago quando, quanto, e se eu quiser!"

É mais uma piada de mau gosto com os nossos direitos, assim como foi o congelamento das nossas poupanças na época do Collor. Mas e aí, cadê os caras pintadas agora???


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

2012...

Ontem resolvemos ir ao cinema...

Pois bem, como eu sou uma pessoa antenadíssima no mundo cinematográfico, cheguei no Cinemark sem nem mesmo saber qual filme seria visto e, muito menos, do que os que estavam em cartaz se tratavam... A escolha estava bem assim: ou escolhia o filme do Michael Jackson ou escolhia o 2012...

Depois de muito pensar, chegamos à conclusão de que o Michael não ia rolar, porque filme de celebridade excêntrica que acabou de bater as botas é fogo na roupa, então... 2012 na cabeça.

Depois de pagar os ingressos, descobri que o filme era sobre a catástrofe que irá assolar o mundo em 2012 e matar toda a galera da terra, previsão esta feita por uma "pá" de gente, inclusive pelos nossos primitos Maias...

Entrei na sala achando que ia ver mais uma daquelas porcarias de filmes catastróficos em que os USA salvam o mundo... e na verdade não me enganei, é isso mesmo, o primeiro lugar a ser destruído é Los Angeles, o presidente estadunidense é o cara mais altruísta do mundo... blá, blá, blá...

Mas me enganei quando pensei que o filme seria um lixo. Claro que não é o melhor filme que eu já vi na minha vida, mas conseguiu prender minha atenção, e um pouco da minha respiração, pelas duas horas e meia de duração. Uma parte engraçada é quando passa o Cristo Redentor caindo e o apresentador de televisão falando "Óh Meu Deus! O Cristo está caindo...", hahaha...

Fiquei surpresa, positivamente, quando descobri, já sentadinha na minha poltrona, que o John Cusack e o Woody Harrelson fazem parte do elenco. E sabe que a película flui, prendendo a atenção do começo até o final, fazendo com que aquelas duas horas e meia não sejam tão cansativas.

Pode não ser o filme do ano, mas dá pra passar um tempinho sentado na cadeira sem achar que jogou dinheiro fora. Se não pela história, que não é lá grande coisa, pelo menos pelos efeitos razoáveis do Roland Emmerich, que adora destruir tudo o que tem pelo caminho.

O final é meio humorista... mas dá pra encarar...

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Google Agenda...

Uns meses atrás descobri a agenda do google, mais um serviço para os usuários de tão poderosa ferramenta.

Eu, desde o primeiro clique, me apaixonei pelo gmail. Na mesma hora abandonei todas as outras contas de e-maill, inclusive a porcaria do hotmail, que, vamos combinar, é um lixo!

Muito bem, não bastasse minha já quase completa satisfação com o gmail, descobri, bem na parte superior da tela, a agenda do google, fácil, rápida e útil. Ali você pode colocar todos os seus compromissos e definir quando receber um e-mail te avisando.

É muito bacana. Para quem, como eu, vive grudado no e-mail e na boa e velha agenda, sofrendo com prazos e mais prazos, a Google Agenda é uma mão na roda que não deixa ninguém esquecer de nada... Experimentem! Vale a pena!


Religião e o "antissemitismo" evangélico...

Ultimamente, temos observado o crescimento exponencial dos seguidores de pastores, bispos e afins. São os chamados evangélicos, alguns mais escandalosos que outros, mas todos seguidores dos mesmos dogmas questionáveis.

Nos centros das grandes cidades é muito comum ver algumas pessoas com seus autofalantes ambulantes, ligados no volume máximo e com seus livrinhos debaixo do braço, berrando: "Irmãos, a briba fala, a briba diz..." Esse tipo de comportamento é até justificável pelo grau de instrução quase nulo dessas pessoas, além da situação quase desesperadora de muitas delas.

Porém, parece ser cada vez mais frequente a formação de grupos fechados de evangélicos em todas as áreas da sociedade. Como exemplo, podemos citar coisas aparentemente banais, mas que, com o passar do tempo, poderão ter consequências catastróficas, como a inocente pergunta que vira e mexe surge nas entrevistas de emprego:
Qual a sua religião?
Será que esse tipo de questionamento é relevante para demonstrar a capacidade profissional do entrevistado? Além disso, na esmagadora maioria das vezes, tal pergunta sempre é feita por um entrevistador evangélico. Não estamos isentando os católicos de culpa no cartório. Na verdade, eles só não perguntam esse tipo de coisa por já partirem da premissa de que o entrevistado é da mesma religião.

Agora, mudando de assunto, mas não de direção, vamos fazer um paralelo histórico.
Alemanha, décadas de 30/40 do século XX.
Para conseguir um bom emprego, você deveria ser filiado ao Partido Nazista. Para se casar com um exemplar da raça ariana, você deveria apresentar um atestado de pureza racial, emitido por um doutor, claro, 100% ariano.

Não apenas os judeus, mas os não-arianos e não-nazistas eram discriminados pessoal e profissionalmente, ficando relegados ao submundo e ao subemprego. Se você não fizesse parte da patotinha dos Brüder (irmãos), bau bau...

Pois bem, será que qualquer semelhança é mera coincidência??? Será que vamos chegar a esse ponto???

Não sabemos, o fato é que essa perguntinha, aparentemente inocente, esconde uma das mais temíveis formas de segregação existentes. Se a coisa continuar a evoluir assim, haverá um dia em que os "do mundo" (ou seja, os não-evangélicos), precisarão mentir para conseguir, entre outras coisas, uma vaga de emprego.

* Este post, publicado simultaneamente nos blogs Caneteando e O Sonho de uma Sombra, foi escrito a quatro mãos, a partir de uma ideia maluca da Pati.

P.S. O Don Jaime disse: ¡¡¡Yo no tengo nada a ver con eso!!!



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Bem-vindos à família, primos!

Este post foi originalmente publicado no blog do Luiz. Eu achei tão interessante, que resolvi postar aqui também. Então lá vai:

Bem-vindos à família, primos!

Uma análise genealógica mostra que todos os seres humanos são universalmente ligados por parentesco. Os genealogistas traçam a árvore genealógica de uma pessoa geralmente seguindo a linhagem direta, ou seja, pais para avós, para bisavós, etc. Este método tenta demonstrar como cada família é única. Mas basta avançar um pouco mais na história para revelar que ninguém— e muito menos um povo— possui uma família única e segregada das demais. Cada família na face do planeta é relacionada a todas as outras.
Para entender isso, acompanhe a tabela abaixo:





# geração|Anos atrás|Data|#ancestrais diretos




0 0 2009(eu)




1 25 19842 (pais)




2 50 19594 (avós)




3 75 19348 (bisavós)




4 100 190916 (etc.)




5 125 188432




6 150 185964




... ... ... ...




28 700 1309268,435,456




29 725 1284536,870,912




30 750 12591,073,741,824




31 800 12342,147,483,648




32 825 12094,294,967,296

A tabela indica, para uma pessoa nascida em 2009, o número dos seus antepassados ao longo da História. Cada geração dura em média 25 anos; esta é apenas uma aproximação, mas que, no longo prazo, torna-se razoável. A última linha da tabela, por exemplo, mostra que, por volta de 1200 d.C., mais de 4 bilhões de pessoas deviam estar vivas para gerar a próxima geração dos meus ancestrais.

É óbvio que esta tabela não pode estar correta: não havia 4 bilhões de pessoas vivas em 1200 d.C.— a população da Terra só chegou aos 4 bilhões no século XX. Qual é então a solução deste paradoxo?

A solução é que todos nós somos descendentes das mesmas pessoas e que nós descendemos muitas vezes (quer dizer, através de múltiplas linhas) dos mesmos ancestrais. Famílias casam entre si, primos casam com primas, primos-segundos casam e têm filhos, e assim por diante. Filhos de um casal de primos, por exemplo, têm seis bisavós em comum, ao invés de oito, como indicado na tabela. O mesmo vale para primos-segundos, em relação aos tataravós. Portanto, embora seja certo que nós tínhamos sem dúvida descendentes vivos em 1200 d.C., isso não quer dizer que eles eram 4 bilhões.

Agora, vamos extrapolar essa solução para um grande número de pessoas. Um quadro imprevisto aparece: todos os povos são primos genealógicos. Não é preciso ir muito longe no passado para identificar ancestrais comuns a grandes grupos de pessoas, até mesmo nações, continentes e, eventualmente, toda a população do mundo.

Alguns matemáticos, trabalhando com estes problemas, concluíram que toda pessoa viva com no mínimo um antepassado de origem européia, norte-africana ou do Oriente Médio, por exemplo, é descendente direta de Maomé, o profeta do Islã, e de Carlos Magno, o Imperador dos Francos. Maomé viveu no século VIII e Carlos Magno, no IX. Volte apenas mais alguns séculos e você vai descobrir ancestrais comuns a quaisquer duas pessoas vivas hoje.

Então, todos nós somos descendentes da rainha Nefertiti do Egito Antigo, de Jesus Cristo (se é que ele existiu mesmo, e se é que ele teve filhos, como afirmam alguns), de Júlio César, de Confúcio e de qualquer outro personagem histórico da Antiguidade, de qualquer parte do mundo.

Por isso, qualquer forma de racismo vai por água abaixo com base nessas verdades genéticas e genealógicas. E também vai por água abaixo aquela camiseta comum há algum tempo atrás, 100% Negro. E também 100% Branco, 100% Amarelo e 100% Vermelho. Sem contar que sangue azul, só em caneta.
Meu olho azul é o negro diluído,
Racismo é um rio poluído.
Eu sou branco, orixá me abençoou.
Se me chamar de negro
Vou dizer que também sou.
Eu sou negro, orixá me abençoou.
Se me chamar de branco
Vou dizer que também sou.
Limpa o rio, limpa o mar,
E viva a diferença.
(André Abujamra)
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55ª Feira do Livro de Porto Alegre...

Nos últimos dois finais de semana, a parada obrigatória dos humoristas foi a útima edição da feira do livro gauchesca. São dezenas de barracas vendendo livros de todos os tipos, tamanhos e cores. E preços...

Claro que, como bons humoristas que somos, nossas paradas preferidas foram os saldos... livros baratos, baratiiiiinhos, que estão alí esperando como um cão vira-lata por um dono.

A única coisa que sei dizer é que nos últimos 14 dias a nossa biblioteca engordou substancialmente: foram, exatamente, 42 livros a mais para nossa humilde coleção. Encontramos até livros de R$ 1,60. Isso, claro, sem contar o número absurdo de marcadores de livros. São, com certeza, mais de 200, cada um mais legal que o outro. O meu preferido é um periscópio que sai de dentro das páginas do livro para bisbilhotar os arredores, também tem a mão do monstro, que parece querer te pegar, o rabo do dragão, as pernas de um mergulhador com seus pés-de-pato roxo, a mão segurando uma varinha de condão de strass e as pernas de uma mulher, acho que gostosona, com cinta-liga e salto alto. Enfim, muito bacana e original.

Mas agora, voltando ao assunto principal, o que podemos falar da Feira Anual do Livro de Porto Alegre?

Bem, para o pessoal da cidade grande, a feira, apesar de agradável, tem um quê de provinciana, tipo feirinha do interior. Por ser o maior evento do ramo no Estado, nós, os humoristas de plantão, esperávamos mais, mais barracas, mais livros, mais variedades, mais infra-estrutura e melhores preços.

Imagine que ontem, na nossa segunda visita oficial, chovia torrencialmente, de modo que até Noé diria: "Rapaz!!! Vou correr pra Arca!"... Parecia a Feira do Livro de Veneza, as banquinhas isoladas por piscinas naturais enlameadas, goteiras que pingavam, invariavelmente, bem no cucuruto ou bem no meio do olho da galera...

Chovia, chovia, chovia... e nós quase nadando em literatura... literalmente...

Veja outra situação... Encontramos um livro chamado "A escolha de Sofia", livro velho, que já tinha passado do amarelado para o amarronzado, embolorado, empoeirado... até aí tudo bem, então percebemos que ele estava furado, varado, atravessado... Uma traça letrada devorou todas as páginas do livro, deixando um túnel perfeito... dava pra brincar de "espiar pela fechadura" com o livro... coisa de doido...

Aí, nós, inocentes que somos, perguntamos o preço de tão valiosa relíquia, ao qual recebemos como resposta: 15 "pilas"... 15 reais???? Tudo bem que as palavras continuavam ali, claro que nem todas, pois umas estavam na barriga da traça, mas mesmo assim... nós já havíamos comprado livros novíssimos por 5 reais e pagar 15 por um resto de almoço de traça é o "ó do borogodó"...

Claro que esse evento isolado não reflete o proceder de todo pessoal da feira, e sim a visão medíocre de um livreiro limitado que não sabe negociar.

Mas no final, podemos dizer que nos divertimos "pra burro". Ganhamos 4 livros "kostenlos", dos quais só um valia a pena (um livro de arte com as obras da Exposição "Arte na França: O realismo", do MARGS), mas afinal, grátis até ônibus errado... Luiz ganhou 2 autógrafos da Yeda Crusius (governadora do RS). P.S. pro Pedrin: Não é o Lula, mas cada um se contenta com o que pode... hehehe...

Comemos até poesias, a mais gostosa foi a poesia da Pitanga... Enfim, foram dois sábados repletos de cultura, bom humor e marcadores de livros que nos acompanharão por longos anos...


E olha que esses são só os do primeiro sábado de feira... Tem muito mais...

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Cabeça cheia...

Existem coisas que jamais esquecemos...

Quando eu estava na escola, acho que na quarta série, aprendi um versinho sobre a vida e nunca mais o esqueci. Não que ele seja a beleza encarnada, mas ele ficou lá guardado em algum lugar do meu cérebro destrambelhado. Volta e meia ele ressurge e eu o recito feliz da vida.

O verso é assim:

"A vida para ser vivida precisa ter a vida envolvida na vida de outra vida. Mas do que me vale a vida, se a vida para ser vivida precisa ter a vida envolvida na vida de outra vida?"

Nós repetíamos esse verso umas quinze vezes por dia. Se eu tivesse lembrado das aulas de geografia como lembro desse verso, não precisaria ter comido a cola na cara do professor na sexta série (travessuras de uma criança/adolescente não muito normal).

Ficávamos também brincanco de trava-língua com papibaquígrafo... tinha que falar rápido e não errar... ai como era divertido.

Tinha também um verso triste que era o meu predileto, Folhas Secas. Eu não lembro dele inteiro, mas era mais ou menos assim:

Folhas secas amareladas
Páginas amassadas
Confusa solidão
Versos tristes
Saudade!
Olhar distante
Coração errante
É só tristeza
Folhas caídas
Vento soprando
E eu em você pensando!
Folhas amarelas e secas
Página rasgada sobre a mesa
Me sinto cansada
Triste madrugada
Rua deserta e fria
Luz apagada
Fronha molhada
Página vazia...

Era mais ou menos isso, tinha mais algumas estrofes, não consigo lembrar com exatidão, mas sempre foi o meu poema predileto. Meio deprimente, admito, mas eu gostava. Teve uma época em que eu produzia poemas quase que diariamente, a maioria triste, mas uns muito bonitos (modéstia à parte). Esse aí de cima eu li numa revista da época, capricho, carícia ou outra do gênero. Essas revistinhas eram pequenas como um gibi e as páginas eram de papel jornal. Como o tempo passa...

Já os meus poemas foram se perdendo com o tempo, era na época dos disquetes 5`1/4, aqueles grandes e pretos com um furo no meio. Os poemas impressos naquelas impressoras matriciais em formulário contínuo. Nossa, demorava horas até imprimir tudo e o barulho era ensurdecedor.

O computador que tinha em casa era um Apple gigante de tela verde, tudo era feito no MS-DOS... Nossa, como o tempo passa. Meu pai ficava doido da vida, não gostava que nós (meu irmão e eu), futricássemos no computador de última geração dele...

Hoje aquela super-máquina é peça de museu...

Pois é, hoje é um domingo cheio de lembranças... cabeça cheia de coisas boas e outras nem tanto. Domingo de preguiça e de internet "emprestada" do vizinho... hehehe... Quem mandou ele não colocar senha?!?

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Preguiça...

Vegetar


Ai... nada melhor do que ficar vegetando no sábado de manhã...

Como é bom ficar sem fazer absolutamente nada, sem prazos, sem responsabilidades, sem pressa... só vegetando...

Alguém tem que escrever sobre a arte de vegetar. Essa prática tão relaxante...

Vegetar, sapear, mofar... é tudo a mesma coisa...

Hoje tô num dia abobrinha...

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Tempo

Quando queremos que o tempo passe depressa... demora...

Quando queremos que o tempo passe devagar... decola...

Como é bom...


Olha, sinceramente não fiz este blog para reproduzir mensagens recebidas por e-mail, mas é que a mensagem a seguir é tão gostosa de ler, que resolvi fazer uma exceção... Então, lá vai...

"Pense sobre cada frase antes de ler a próxima. Você vai se sentir melhor, especialmente quando chegar ao fim.

COMO É BOM:

* Se apaixonar pela pessoa certa e ser correspondido.

* Rir a ponto de não agüentar mais.

* Um banho quente num dia de muito frio.

* Sem limites em um supermercado.

* Aquela encarada de fazer tremer.

* Receber e-mail de alguém de quem você gosta e que não manda nunca.

* Dirigir por um lindo caminho.

* Escutar sua música favorita tocada no rádio.

* Deitar na cama e escutar a chuva cair.

* Pegar aquela chuva de verão e dar aquele beijo na boca na chuva.

* Tomar aquele banho e dormir na sua própria cama depois de acampar durante 4 dias.

* Toalhas ainda quentes, recém passadas.

* Uma ligação de alguém que está distante.

* Um banho de espuma.

* Uma boa conversa.

* A Praia.

* Achar uma nota de 50 reais no casaco do inverno passado.

* Rir de você mesmo(a).

* Ligações depois da meia-noite que duram horas.

* Correr entre regadores.

* Rir sem motivo nenhum.

* Ter alguém pra dizer o quanto você é linda(o).

* Rir de algo que acabou de lembrar.

* Amigos.

* Acidentalmente ouvir alguém falando bem de você.

* Acordar e descobrir que ainda pode dormir por mais algumas horas.

* O primeiro beijo.

* Fazer novos amigos ou gastar tempo com os velhos.

* Brincar com o novo bichinho de estimação.

* Ter alguém mexendo no seu cabelo.

* Sonhar com coisas boas.

* Realizar um sonho antigo.

* Chocolate quente.

* Viajar com os amigos.

* Ir a um ótimo show.

* Encarar um(a) lindo(a) desconhecido(a).

* Ganhar um jogo super disputado.

* Fazer bolo de chocolate e depois raspar a calda que ficou na panela.

* Ganhar dos amigos, biscoitos feitos em casa.

* Gastar tempo com amigos chegados.

* Ver sorrisos e risadas dos seus amigos.

* Segurar na mão de alguém que você realmente gosta.

* Encontrar um velho amigo e perceber que algumas coisas (boas ou ruins) nunca mudam.

* Ir nas melhores montanhas russas de novo e de novo.

* Ver a expressão no rosto de alguém quando abre o seu tão esperado presente.

* Olhar o nascer do sol.

* Ver o por do sol no verão.

* Conseguir enxergar essas pequenas coisas boas da vida e saber dar muito valor a isso.

* Ter sorte.

* Acordar toda manhã e agradecer por mais um lindo dia.

E que seu dia seja muito feliz!!!

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