Ontem passou o filme Tropa de Elite na Record. A emissora anunciou aos quatro ventos que o filme iniciaria 22:30hs. Pois bem, no horário anunciado sentamos na frente da TV para rever o ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Aí, percebemos que o quê estava iniciando mesmo era a novela Poder Paralelo. Pronto, descobrimos que tinhamos caído em mais uma das armações da emissora do Bispo. Poxa, 22:30h não são 23:30h. Na realidade, esta foi uma manobra de marketing descarada para aumentar o ibope do folhetim, mas enfim... acabamos sendo obrigados a ver a novelinha também...

Ele mostra como é complicado fazer parte da polícia brasileira, que é composta de pais de família que recebem uma merreca para se arriscarem a deixar viúvas e órfãos por aí. Acho que no contexto atual, nem se o salário fosse altíssimo esse problema seria resolvido. Todas as atitudes retratadas na telinha já estão arraigadas no "sistema", e sempre iria ter alguém querendo mais. Para isso mudar é preciso muito, a começar pela educação do povo, mas isso é uma outra história...
Contudo, concordo plenamente que existem policiais que querem fazer a coisa certa, que sonham em resolver os problemas da Sociedade, mas que são tolhidos pelo próprio "sistema" do qual fazem parte. Eu, pessoalmente, conheço uma passoa assim, que é como o 05. Aliás, essa é uma das pessoas que eu mais admiro e torço nessa terra, é alguém de quem eu me orgulho apenas por ser sua amiga. Um policial que honra o uniforme - apesar dele ser da civil.
A história de Tropa de Elite versa sobre temas complicados como oportunidade, favela, tráfico, corrupção, pobreza, drogas, tortura, classe média/alta, violência e sobrevivência. Ela mostra que aquele estudante que fuma uma ervinha de vez em quando também ajuda a fomentar o crime, que a culpa da violência também é dele. Claro que tem quem não concorde com essa visão, que entende que não são estes pequenos usuários que ajudam a criminalidade, mas não há como não perceber que tudo está interligado, que isso é como a cadeia alimentar, o maior também precisa daquele pequenino para sobreviver. É a lei da selva.
Quem leu o livro diz que o filme é muito fiel à história, o que é uma ótima coisa. Além disso, acho que poucos filmes ficaram na mente das pessoas como esse. Quem já não ouviu: "O senhor é um fanfarrão!", "Pede pra sair", "Você é estudante? Sabe voar?", "Não vai subir ninguém!", "Se você quer rir, tem que fazer rir!", "Tu não é caveira! Tu é moleque!", "Na cara não! Pra não estragar o velório!", "Tá com nojinho?", "07, dá a doze aí!', e tantas outras pérolas que viraram uma espécie de dito popular.
O Wagner Moura (Capitão Nascimento), mostra mais uma vez que é um ator de "catiguria". Realmente não dá pra assistir o filme e não perceber que o cara é bom pra burro. O elenco tá recheado de ator bom, que encarnou seu personagen diante das câmeras, ajudando a entender porque o filme ganhou o Urso de Ouro. Enfim, o conjunto da obra consegue convencer e acabar com aquele ar de trabalho realizado, afinal para o BOPE, missão dada é missão cumprida!
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4 comentários:
O Bope tinha que levar a 12 pra Record que só pensa no IBope...
bratio
Você esqueceu de falar que eu estava fazendo as unhas nesse mmento!
É verdade, a Gil estava lá na sala afiando as garras... Oh tempinho bom quando o que nos separava era apenas a rua Avaí...
Como ator ele é bom mesmo, pena que como pessoa tenha virado ''estrelinha'', blah!!!!!!!!!!!!, ris.....
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