domingo, 2 de maio de 2010

Os violeiros invadiram a cidade...

Ontem começamos o dia bem, fomos tomar um café da manhã de paxá lá na Lapa... All you can eat... Na verdade eles chamam de brunch... mas como eu tô no Brasil, é cafezão da manhã mesmo!!!! 

Luiz e eu comemos tudo o que tínhamos direito e um pouco mais, esse foi nosso mimo do mês... outro desse só no mês que vem...

Depois do Festival da Boa Comilança, como estávamos de sola, tivemos que pegar um ônibus até a Paulista. Na viagem entrou um violeiro meio xoxo cantando Culture Club (lembram do Boy George, aquele do "Karma, karma, karma, karma, karma, chameleon"), pois é, esse mesmo... o cara cantou 1 minuto de música num inglês que mais parecia mandarin e fez aquela sugestãozinha básica: "Quem quiser colaborar...".

Ninguém colaborou... e o violeiro murcho, desanimado, pegou sua viola, botou na sacola e foi cantar em outra freguesia.

Descemos do balaio logo depois do violeiro e fizemos nossas comprinhas lá na Paulista. Aí, na volta pegamos outro ônibus, dessa vez, sentido Dr. Arnaldo, e, para nossa surpresa, lá estava outro violeiro. Pensei: "Nossa, virou festa!".

Só que para meu espanto este era bem mais animado, com outro espírito... Ele, bem esperto,  atacou de Raul Seixas, "Durando Kid só existe no gibi..." e Cássia Eller.

Muito mais simpático do que o violeiro anterior, esse ainda fez firula e sugeriu: "Quem gostou bate palma", e o pessoal, inclusive eu, aplaudiu com gosto. Ele, feliz, avisou que passaria o chapeuzinho, aquela coisa toda, e depois de arrecadar um troquinho, inclusive mais de três reais nossos, ainda disse que teria um chorinho e fechou com "Pode vir quente que eu estou fervendo"... 

Saímos contentes dessa viagem, pois a simpatia do violeiro anônimo alegrou um pouco mais o feriado que para sorte da galera, caiu no sábado... Mas isso tudo me fez pensar em como duas pessoas na mesma situação podem ter resultados tão diferentes. 

É o humor, é a energia que a pessoa dedica ao que faz que a diferencia do comum, do igual, do sem graça. Se a pessoa gosta do que faz, ela faz bem feito. Fazendo o que se gosta, fazemos com gosto, nos doamos com mais entrega e o resultado é muito melhor.

Caso contrário, coleguinhas, ficamos no 1 minuto de Boy George mesmo... E nossos dias ficam muito mais cinzentos...



Um comentário:

O sonho de uma sombra disse...

eu devia ter levado a minha viola também...

ressessi

Related Posts with Thumbnails